A medicina nunca deixa de evoluir e a cirurgia plástica também. Mensalmente são publicadas centenas de novas técnicas ou abordagens de cirurgia nas revistas médicas especializadas da área. Não é por esse motivo que tudo deve ser agora revisado e que o que era feito “ontem” já não é mais atualizado. Com a experiência, o especialista em rinoplastia (termo que não existe no Brasil) deve avaliar se o que surgiu é um novo modismo temporário ou se é algo que pode ser usado realmente.
A rinoplastia preservadora que surgiu na Europa certamente não é um exemplo de modismo. Por isso, o Dr. Wulkan se atualizou ainda mais sobre essa abordagem em 2020, tanto em Roma (Itália) como em Nice (França). E agora, vamos te explicar agora com mais detalhes sobre a Rinoplastia preservadora!
No passado, a rinoplastia surgiu praticamente apenas para diminuir o nariz. Eram casos de narizes grandes e sem formato que se beneficiavam com a cirurgia.
No entanto, ao longo das décadas, percebemos que essa conduta estritamente redutora acabava por enfraquecer o nariz, trazendo deformidade visíveis e podendo inclusive piorar a respiração. Ocorriam alterações indesejadas no formato da ponta, deformidade em “V invertido”, Pollybeak deformity, entre outras coisas. Então, a rinopalstia estruturada surgiu para amenizar esses problemas e maximizar o resultado por mais tempo, tentando evitar que as forças da cicatrização distorcessem os resultados obtidos.
A rinoplastia estruturada continua sendo uma opção maravilhosa para diversos casos de pacientes, especialmente casos de aumento ou com grande complexidade.
A rinoplastia preservadora surgiu no século passado de maneira tímida e voltou a ter força nos últimos anos pois o conhecimento da micro-anatomia do nariz foi melhor compreendido. Na preservation rhinoplasty, preserva-se mais a pele, o sistema musculo aponeurótico superficial (SMAS) e ligamentos (ex: scroll). A abordagem no septo do nariz costuma retirar menos cartilagem e é usada para “baixar” o dorso, sendo isso feito pela técnica de “push down” ou “let down”.
Em relação à ponta do nariz, sua escultura é feita iniciando por um plano de descolamento mais profundo chamado subpericondreal; a ponta é redesenhada, rodada e projetada conforme conceitos de superfície de polígonos. Em teoria, a rinoplastia preservadora é considerada menos agressiva na ponta do nariz, mas no osso nasal a fratura costuma ser maior. Mesmo assim, muitos cirurgiões de outros países que se denominam especialista em rinoplastia preservadora dizem que o inchaço e recuperação costuma ser mais rápida.
Você deve estar se perguntando se a preservation rhinoplasty é melhor que a rinoplastia estruturada, certo? A resposta é NÃO! Isso porque cada técnica tem sua indicação para cada caso específico. E muitas vezes conseguimos resultados similares usando as duas técnicas.
A principal diferença entre as técnicas de plástica de nariz, é que a rinoplastia preservadora utiliza muito menos enxertos. Afinal, preserva mais ligamentos de sustentação e tecidos que antes eram separados ou retirados. Mas entenda que, novamente, o fato de usar menos enxertos não a torna melhor, mas sim mais conservadora.
Conforme falamos, muitas vezes é necessário o uso de enxertos fundamentais que a rinoplastia preservadora pura não é capaz de ajudar no resultado. Por isso, utilizo muito a rinoplastia preservadora junto com a rinoplastia estruturada, termo que muitos chamam de rinoplastia híbrida natural.
Temos preferencia por realizar a rinoplastia sempre em hospital e sob anestesia geral. Pacientes que tem receio da anestesia geral, podem fazer com anestesia local e sedação, desde que não existam contra-indicação para isso (falamos disso durante a consulta).
Nessa cirurgia, o corte costuma ficar na parte de dentro do nariz, poupando a columela (pedaço de pele entre as narinas). Se for necessário reduzir ou tensionar as narinas, teremos cicatriz em cada narina na parte de baixo delas e/ou na parte lateral da narina com a face.
No começo da cirurgia, aplica-se anestésico local com substancia que diminua o sangramento. Alias, a rinoplastia conservadora constuma sangrar muito menos que outras abordagens e talvez esse seja o motivo da recuperação muitas vezes ser mais tranquila e com menos inchaço (mas cada paciente tem sua própria biologia que vai determinar sua recuperação). Após a infiltração, iniciamos o descolamento em plano profundo subpericondreal da ponta nasal e também abaixo do SMAS no resto do nariz, assim como abaixo do periósteo nos ossos nasais.
Em seguida, fazemos diversas técnicas para tornar a ponta mais bonita por meio de conceitos de polígonos e, muitas vezes, usando técnica de Lateral Crural Tensioning. O septo nasal é abordado e depois o dorso nasal pode ser raspado ou rebaixado pela técnica de “Push down” ou “Let down”.
Podemos usar rinoplastia ultrasonica ou raspas bem delicadas para esculpir o osso nasal. Rinoplastia com ultra som exige um maior descolamento da pele, diferentemente de outras técnicas que podem ser usadas sem descolar tanto os tecidos. Por isso, avaliamos cada caso em particular e não existe a mesma “receita de bolo” usada para todos.
Observamos que muitos pacientes tem sua recuperação mais rápida e com menos inchaço. Mas isso depende muito também se ocorreu sangramento na cirurgia e de aspectos biológicos pessoais do paciente.
O relato de dor é muito raro. Os cuidados pós peratorios da rinoplastia preservadora são basicamente os mesmos da rinoplastia estruturada. Ou seja, repouso relativo, lavagem constante do nariz conforme ensinada pelo Dr. Wulkan, uso de medicamentos (antibiótico, anti-inflamatório, etc), compressas geladas, etc. A orientação nutricional e outros detalhes são passados na consulta e no dia da alta hospitalar.
Existem muitos tipos de rinoplastia preservadora. Muitas técnicas tem a abordagem na ponta nasal parecida. Em relação ao dorso nasal, a retirada do septo pode ser diferente na altura de ressecção.
Temos várias técnicas, tais como a proposta por Saban, Most, Cottle, Finocchi, entre outros. Em cada situação, optamos pela abordagem que mais se adequar.
Em relação à parte do osso lateral, pode-se fazer apenas o rebaixamento pelo “push down” no qual se “empura para baixo o dorso” ou pela técnica de “let-down” na qual se faz o mesmo somando à retirada de uma faixa estreita lateral de osso.
Será que a rinoplastia preservadora é para todo paciente e para todos os casos?
A resposta certamente é não. No entanto, se for associada a técnica de rinoplastia estruturada ou na chamada rinoplastia balanceada ou rinoplastia híbrida, temos grande chance de tentar usar em muitos casos.
A rinoplastia preservadora tem sua maior indicação em paciente nunca operados (rinoplastia primária) e que não necessitam de aumento de dorso. Embora seja possível, é muito difícil fazer rinoplastia secundaria usando conceitos de rinoplastia conservadora em pacientes que já tem o septo operado.
Nessa situação, vamos fazer com mais facilidade e precisão a rinoplastia estruturada usando enxertos de orelha ou de costela.
Para saber qual técnica de rinoplastia poderá ser feita no seu caso, a consulta médica vai te esclarecer essa e outras dúvidas.
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